Tem muita gente que confunde “bife a milanesa” com “bife ali na mesa”, quando o assunto é maconha

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 Ninguém aqui está defendendo “liberar” ou “não liberar” o consumo de maconha. Na nossa humilde opinião, as pessoas são livres para fazerem o que quiserem com seus cérebros e pulmões, desde que não afetem outras pessoas. O fato é que rola uma chuva de informações sobre o tema e nem sempre nos deparamos com informações científicas corretas sobre a maconha. Aliás, muitas pessoas que são contra a liberação da maconha utilizam argumentos infundados e preconceituosos, no entanto, isso é válido também para os defensores da liberação da maconha, pois “uma erva natural” pode SIM te fazer mal, contrariando a música da banda planet hemp.

  Maconha não vicia, certo? Errado!

      Segundo muitos pesquisadores, dentre eles o pediatra toxicologista Antony Wong, a maconha pode causar dependência se a pessoa, sobretudo o adolescente, fizer uso sistemático dessa droga. Certa vez Wong desafiou alguns usuários que apareceram em seu consultório para tratamento. O desafio era o seguinte: não fumar um baseado durante 90 dias e realizar exames de urina a cada 15 dias  (para detecção de canabinoides). Resultado: “nunca houve um que apresentasse resultado negativo”. Ainda segundo Wong. “É claro que, depois de certa idade, alguns trocam a maconha por outros interesses. Mas alguns, infelizmente, substituem-na por drogas mais pesadas.” Opa!Isso não significa, é claro, que o usuário de maconha fatalmente utilizará drogas mais pesadas.

Segundo o   psiquiatra Dartiu Xavier, coordenador do Programa de Atenção a Dependentes Químicos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), “algo entre 6 e 10% dos usuários que experimentam a erva pela primeira vez acabam ficando viciados.  Isso é menos que a metade do índice verificado no álcool e no tabaco. E menos que um décimo da taxa estimada para a heroína, que chega aos 90%”. Mas ainda, segundo Xavier, o poder de vício da maconha tem muito mais a ver com a personalidade do usuário do que com a maconha em si, principalmente se ele for depressivo ou ansioso.

maconha

Maconha não faz mal à saúde, certo? Errado!

        Segundo o professor de medicina da USP,  Valentim Gentil Filho, estatísticas internacionais mostram que pré-adolescentes que fumam maconha têm risco três vezes maior de desenvolver algum tipo de doença depressiva do sistema nervoso e cerca de trezentas vezes mais possibilidade de desenvolver (precipitar) quadros de esquizofrenia, caso já haja uma tendência. Opa! Mas não significa que todo mundo que fuma maconha ficará depressivo ou esquizofrênico.

      Todos sabem que os canabinoides da maconha diminuem o índice de atenção e quando a maconha é combinada com o álcool há um déficit de atenção aumentado em cerca de dez vezes. Imagine um cara “fumado” e “manguaçado” no trânsito!

     A fumaça da maconha é constituída por uma série de substâncias com potencial carcinogênico, isto é, capazes de causar câncer.  Vários estudos demonstraram que o fumante de maconha inala sua fumaça e a mantém por mais tempo profundamente nos pulmões, além da queima do cigarro na sua quase totalidade, quando comparado com cigarro de tabaco. Tanto isso é verdade que o fumo de maconha eleva em quatro a cinco vezes a concentração do tóxico monóxido de carbono no sangue do fumante. A princípio, o usuário de cigarro de maconha estaria exposto a uma maior probabilidade de desenvolver câncer nos pulmões e no trato respiratório. Porém  ainda não há dados estatísticos concretos que confirmam esse risco.

     Para terminar essa minha explanação sobre a maconha, gostaria de dizer que não tenho nenhuma objeção quanto ao uso recreativo da maconha e sou contra a criminalização de seu uso. Mas acho uma “várzea” quando escuto dizer que no ambiente universitário o consumo de maconha virou algo normal, banalizado e até uma questão de “elegância” e “modernidade”. Acho que em ambiente acadêmico, o estudante de engenharia, medicina, direito etc tem que “estudar” e “construir” um conhecimento. Ah, “mas a maconha abre mais portas para a criação, para a imaginação”. Jura? É mesmo? Você precisar estar drogado para criar? Puxa, os estudos científicos mostram dados rigorosamente contraditórios em relação a isso. O cigarro de maconha afeta a aprendizagem substancialmente.

 Para saber mais:

Leia: http://www.cartacapital.com.br/revista/807/a-maconha-e-o-pulmao-3865.html

Leia: http://super.abril.com.br/comportamento/maconha-nao-vicia

Escute: http://jovempan.uol.com.br/noticias/saude/a-verdade-sobre-as-drogas/maconha-e-muito-mais-perigosa-do-que-parece.html 

Veja: http://tvcultura.cmais.com.br/rodaviva/dr-valentim-fala-sobre-os-efeitos-da-maconha-nos-jovens

BJS

Tonon

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